Chamado de “quarteto fantástico” da política por muitos analista, o grupo formado por Paulo Dantas, Marcelo Victor, Renan Calheiros e Renan Filho segue como planejado em 2022.

O projeto é fazer o próximo governador e pelo menos uma das duas vagas de senador.

O plano é simples. Paulo Dantas fica até o final do mandato como fiador do acordo que pode levar Renan Filho para um terceiro mandato de governador e Renan Calheiros para um novo mandato no Senado.

O grupo, no entanto, se dividiu em torno da indicação de uma vaga para o STJ. A decisão do presidente Lula poderá ter fortes implicações no cenário político alagoano.

“Se a Marluce Caldas for escolhida, os Renans podem fechar com JHC para o Senado. Paulo Dantas e Marcelo Victor não aceitam nenhum tipo de aliança com o prefeito de Maceió”, aponta um influente interlocutor.

Se a escolha do presidente Lula for Sammy Barbosa, Paulo Dantas e Marcelo Victor pode fechar com Arthur Lira na segunda vaga para o Senado. E os Renans não aceitam, pelo que se sabe, nenhum tipo de aliança com Arthur Lira.

“Essa será uma grande confusão. Em algum momento vai dar choque”, alerta o interlocutor. “O grupo não vai se dividir, o compromisso está mantido, mas resta saber como seria a reação no caso dos Renans definirem JHC como segundo voto para o Senado ou como seria no caso de Marcelo e Paulo definirem o segundo voto em Arthur Lira”, emenda.

Na prática, a vaga no STJ, que segue aberta a espera de uma decisão de Lula, teria potencial de aproximar JHC dos Renans de um lado e Arthur Lira de Marcelo e Paulo, do outro. “Ninguém sabe no que vai dar”, alerta o interlocutor.